O que é HPV?
HPV é uma sigla em inglês para designar o Papilomavírus Humano. Causador de lesões dermatológicas, pode afetar a pele e mucosas de homens e mulheres, provocando diferentes tipos de verrugas ou até mesmo câncer de garganta, colo de útero ou ânus, a depender de qual tipo do vírus infectou a pessoa.
Tipos de HPV
Há mais de 200 tipos de Papilomavírus Humano, sendo 150 deles já identificados e com seus respectivos genomas sequenciados.
Vale ressaltar que apenas 14 desses tipos de HPV podem gerar lesões precursoras de câncer.
Transmissão do HPV
Os vírus são contagiosos e sua transmissão ocorre pelo contato da pele ou mucosas.
O modo mais comum de contágio por HPV é a relação sexual, responsável por 98% das transmissões, por isso é considerado uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Estimativas apontam que 8 em cada 10 pessoas já tiveram contato com o vírus ao longo da vida, entretanto, muitos desses indivíduos podem não ter desenvolvido nenhuma sintomatologia.
Outras formas de transmissão
Existem outras maneiras de contrair HPV, mas são bastante incomuns:
- contato com verrugas de pele;
- compartilhar toalhas ou roupas íntimas;
- transmissão vertical (mãe para o bebê) durante o parto.
Uma característica do HPV é seu longo período de incubação. Ele pode permanecer inativo no organismo durante 20 anos antes de se manifestar e, mesmo assintomática, a pessoa infectada pode transmitir a doença.
Portanto, é extremamente difícil descobrir em que situação ocorreu determinada infecção.
Sintomas e Sinais
Em geral existem dois tipos de sintomas provocados pelo HPV:
Lesões Clínicas (visíveis a olho nu): comumente manifestam-se na forma de verrugas anogenitais, ou seja, na região genital ou no ânus. Podem ser únicas ou múltiplas, de diferentes tamanhos e formatos. Em alguns casos causam coceira no local e costumam ser sintomas de tipos de HPV não cancerígenos.
- Em mulheres as lesões costumam aparecer na vulva, vagina ou colo do útero.
- Nos homens a região mais comum de sinais de HPV é o pênis.
- Boca, garganta, mãos, pés e ânus são locais em que pessoas de ambos os sexos podem apresentar lesões.
Lesões Subclínicas (não visíveis a olho nu): acometem basicamente os mesmo locais que as lesões clínicas, porém não apresentam sinais ou sintomas. Apenas exames laboratoriais podem diagnosticá-las.
- Afetam também a região do períneo, bolsa escrotal e, raramente, manifestam-se em áreas extragenitais como mucosa oral, laríngea ou nasal.
- Lesões subclínicas podem ser causadas pelos tipos de HPV capazes de estimular o desenvolvimento de câncer.
Diagnóstico
O diagnóstico do Papilomavírus Humano é feito a partir de exames clínicos e laboratoriais, de acordo com o tipo de lesão.
Lesões Clínicas: diagnosticadas por exames dermatológicos (pele), ginecológicos (vulva, vagina e colo de útero) e urológico (pênis).
Lesões Subclínicas: diagnóstico deve ser feito por exames laboratoriais como o Papanicolau, teste de colposcopia, peniscopia e anuscopia.
Para descobrir se as lesões apresentam malignidade são feitas biópsias para realização da histopatologia.
Prevenção
Existem diferentes maneiras de prevenir a infecção por HPV e o mais eficiente deles é a vacina. Distribuída pelo SUS de forma gratuita, ela é indicada para os seguintes grupos:
- meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
- pessoas que fizeram algum tipo de transplantes e tenham entre 9 e 26 anos;
- pessoas que vivem com HIV.
O teste de Papanicolau também é um importante recurso preventivo contra o HPV. O exame permite realizar a análise das células do colo do útero e investigar a existência de diferentes infecções, ISTs e, principalmente, a neoplasia cervical.
Outro método de prevenção é o uso de preservativos, tanto masculino quanto feminino. Ainda que sejam fundamentais e indispensáveis, pois previnem contra a maioria dos tipos de HPV, a camisinha não protege toda a área do corpo que entra em contato durante as relações íntimas (vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana).
Tratamentos
Para tratar as verrugas anogenitais, o método mais comum é a remoção ou destruição das lesões por meio de cirurgias, agentes químicos ou estimuladores de imunidade.
Importante frisar a importância de um tratamento individualizado. Cada caso contém múltiplos fatores que devem ser considerados antes da escolha do método de abordagem ideal:
- o tipo da lesão e qual área foi afetada;
- a quantidade e extensão dos sinais;
- os recursos técnicos e materiais disponíveis;
- possíveis contraindicações aos pacientes.
Apenas profissionais da saúde especializados como: dermatologistas, clínicos gerais, urologistas, ginecologistas e infectologistas podem diagnosticar e definir uma estratégia de tratamento correta para cada quadro clínico.
Pesquise, pergunte, previna-se.