Neste artigo explicamos o que é a menopausa precoce, suas causas e as possibilidades de tratamento.
A menopausa é a última menstruação da vida de uma mulher. Normalmente acontece entre os 45 e 55 anos de idade, sendo o ponto final de um processo que tem início com a diminuição gradativa da produção dos hormônios sexuais femininos até atingirem níveis muito baixos. Esse período de transição entre a idade fértil e o fim definitivo das menstruações recebe o nome de climatério.
O término dos ciclos menstruais de forma precoce não é algo comum. Antes dos 30 anos estima-se que aconteça com 0,1% das mulheres, enquanto a atividade dos ovários é suspensa em 0,25% das adultas com idade entre 31 e 34 anos. Dos 35 aos 39 anos, a taxa de ocorrência é em torno de 1%.
A menopausa precoce não costuma ser preocupante do ponto de vista clínico. Entretanto, quando a mulher tem o desejo de engravidar, a questão torna-se mais complexa. Afinal, com o fim da ovulação, a reprodução natural é uma opção completamente descartada.
São recomendados tratamentos médicos específicos para as pacientes que querem ter filhos, mas entraram em menopausa de forma prematura. Um diagnóstico preciso e o acompanhamento de um profissional especializado são fundamentais para a escolha acertada dos métodos terapêuticos.
Causas
Entre os fatores que contribuem para a ocorrência da menopausa precoce encontram-se: as doenças autoimunes, o contato prolongado com substâncias tóxicas, cirurgias para retirada dos ovários e a hereditariedade.
Pesquisas apontam que o parentesco com mulheres que tenham passado pelo processo da menopausa antecipadamente, é um fator de risco considerável para desenvolver essa mesma condição.
É importante dizer que as mulheres já nascem com um número determinado de células germinativas dos ovários (folículos) que serão utilizadas durante todo período fértil para dar origem aos óvulos.
A quantidade de folículos nessa “reserva” varia de mulher para mulher e é impossível para o organismo gerar novas células germinativas. Por isso, a fase reprodutiva da vida de cada mulher tem a sua própria duração.
Quando os últimos óvulos são liberados ocorre a interrupção do funcionamento dos ovários. e os níveis de estrogênio e progesterona caem drasticamente.
Sintomas
Há casos em que o climatério não dá sinais de que está acontecendo e que a menopausa está a caminho. Contudo, na maioria da vezes, a mulher começa a sentir os sintomas logo que essa fase biológica começa. Eles podem variar de intensidade e tendem a tornarem-se mais fortes conforme as taxas dos hormônios sexuais diminuem progressivamente. Os sintomas mais recorrentes são:
- Ciclos menstruais com fluxo sanguíneo e duração irregulares.
- Fogachos: ondas de calor repentinas que atingem o rosto, pescoço e parte superior do tronco. Muitas vezes acompanhadas de palpitações cardíacas, cansaço, tonturas, rubor facial e sudorese
- Perda de vigor na pele, unhas e cabelos.
- Irritabilidade, distúrbios de ansiedade, oscilação constante de humor, perda de memória, melancolia, depressão e insônia.
- Incontinência urinária, urgência miccional, dificuldade para esvaziar a bexiga e dor ao urinar.
- Infecções ginecológicas e urinárias.
- Diminuição da libido, ressecamento vaginal e dor durante relações sexuais.
- Perda de massa óssea e alterações na distribuição da gordura no corpo.
Tratamento
A principal opção para alívio dos sintomas físicos e psíquicos do climatério é a terapia de reposição hormonal. Ela pode auxiliar também na prevenção da osteoporose e oferecer uma melhora significativa na qualidade de vida da paciente.
Porém é preciso considerar cuidadosamente as contraindicações desse tipo de tratamento, pois dependendo da predisposição e estilo de vida da paciente há risco de desenvolver problemas hepáticos, trombose, doenças cardiovasculares, câncer de endométrio e de mama.
A prática constante de exercícios físicos aliada à uma alimentação balanceada, evitar o tabagismo, não consumir bebidas alcoólicas e cuidar da saúde bucal são hábitos fundamentais para que os efeitos negativos do climatério possam ser minimizados.
Outra recomendação, importante para as mulheres que já passaram pela menopausa, é continuar com o acompanhamento ginecológico regular. Cuidar da saúde precisa ser uma prioridade.
Caso tenha qualquer dúvida, não hesite. Marque uma consulta com sua médica ou médico de confiança.