Saiba mais sobre as principais diferenças entre pólipos e miomas
Pólipos e miomas são enfermidades que diminuem de forma considerável a qualidade de vida das mulheres e prejudicam, cada uma ao seu modo, o sistema reprodutor feminino.
Infelizmente, tais formações estão presentes no cotidiano de muitas mulheres. Saber diferenciá-las é importante para que as pacientes possam compreender as características e riscos que representam para a saúde.
Identificar de maneira correta essas formações é fundamental para diagnósticos e tratamentos eficazes.
Pólipo Uterino:
Bastante parecido com uma verruga, porém constituído pelo tecido da mucosa, os pólipos geralmente instalam-se dentro do útero.
Muitas vezes são assintomáticos, mas quando manifestam sintomas, podem ser os seguintes:
- menstruação irregular
- intensas cólicas menstruais
- fluxo menstrual intenso
- corrimento com mau cheiro
- sangramento vaginal após menopausa
- sangramento da vagina após relação sexual
Há fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de pólipos uterinos como o diabetes, hiper e hipotireoidismo e a presença de cistos mamários.
Tratamento:
Pacientes que não estejam na menopausa, que tenham apenas um pólipo de até 15 mm e que não se enquadram no grupo de risco para surgimento de tumores malignos podem ser aconselhadas a adotar uma conduta expectante em relação ao seu quadro clínico.
Expectar consiste em esperar para observar o desenvolvimento dos pólipos para depois decidir quais os próximos passos do tratamento.
Nos casos em que a presença de sintomas reduzem a qualidade de vida da paciente, o tratamento mais indicado é a retirada dos pólipos (polipectomia). Muitas vezes esse é o tratamento destinado para as mulheres que ainda não passaram pela menopausa, afinal é no período fértil que existe maior probabilidade dos pólipos apresentarem malignidade.
Mesmo sendo baixas, as chances dos pólipos retornarem devem ser consideradas. Praticar atividade física e adotar uma dieta balanceada são medidas importantes na prevenção da doença e no seu retorno.
A histerectomia (retirada do útero) é outro tratamento que pode ser indicado, porém é bastante agressivo e precisa ter suas consequências bem estudadas antes de médico e paciente decidirem por ele. Na maioria das vezes é preferível que seja feito em mulheres que já tenha passado pela menopausa ou estejam na pré-menopausa, quando não mais existe a chance de maternidade.
Mioma Uterino:
Os miomas uterinos são tumores, na imensa maioria dos casos, benignos. Formados a partir de fibras musculares do útero, são nódulos que possuem aspecto esbranquiçado e consistência firme.
Os possíveis sintomas incluem:
- dores no abdômen e na região lombar
- dores pélvicas acompanhadas de sangramentos
- pressão na bexiga
- sangramento uterino anormal
- dificuldades para engravidar
No caso dos miomas, os principais fatores de risco são hipertensão e obesidade.
Tratamento:
Existem diferentes tipos de tratamento para miomas, que dependem das características de cada quadro. Em alguns casos assintomáticos, é possível que apenas o acompanhamento médico seja recomendado para monitorar as lesões.
Outras situações podem exigir diferentes intervenções:
- colocar um dispositivo Intrauterino
- uso de contraceptivos
- suplementos vitamínicos para reposição de nutrientes perdidos no sangramento
- tratamentos hormonais.
Em outros casos, são recomendados procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos para tratar os miomas:
- miólise
- ablação endometrial e ressecção dos miomas
- miomectomia histeroscópica
Para quadros muito complexos, geralmente são indicados tratamentos cirúrgicos convencionais como a histerectomia e miomectomia abdominal.
O acompanhamento médico profissional é fundamental para diagnósticos e tratamentos seguros. Logo, faça os exames e consultas de rotina e caso sinta algum incômodo ou
perceba qualquer sinal de que algo não funciona bem em seu organismo, procure assistência médica imediatamente.