Coronavírus. Como lidar com a ansiedade e o medo?

Coronavíruas. Como lidar com a ansiedade e o medo?

É normal sentir medo ou ansiedade na atual conjuntura. Elaboramos este texto para compartilhar algumas informações valiosas sobre os efeitos psicológicos que envolvem a pandemia do coronavírus e como lidar com eles.

O mundo vive um período de incerteza perante a crise sanitária desencadeada pelo vírus Sars-CoV-2, popularmente chamado de coronavírus e causador da doença respiratória Covid-19.

A pandemia tornou-se uma realidade e é bastante comum que as pessoas sintam-se aflitas ou amedrontadas. Pensando em ajudar nossa comunidade a combater esse mal-estar emocional, reunimos dicas e orientações de psicólogos que devem ser compartilhadas.

1- Caso você não tenha sido afetado pelo coronavírus:

A ansiedade tem muitas formas de se manifestar: agitação, estresse, nervosismo, pensamentos obsessivos sobre o tema ou sentir uma necessidade incontrolável de ouvir e ver notícias sobre o coronavírus a todo momento.

Outras pessoas podem apresentar dificuldades para dormir e uma preocupação exacerbada com o estado de saúde de seus familiares, perguntando constantemente como estão se sentindo e avisando sobre os perigos de se expor ao contágio.

Não se aflija. Cenários como esses podem ser contornados com certas práticas:

Em primeiro lugar é fundamental analisar as emoções e aceitá-las, depois é necessário identificar quais são os pensamentos potencialmente maléficos.

A fixação pelo tema e pensar nele de maneira contínua é capaz de aumentar os sintomas do mal-estar emocional. Caso você sinta a necessidade, dialogue com pessoas mais próximas e exponha o que está passando com você. Busque apoio.

Cuidado com as fake news. Procure as fontes e dados que são confiáveis. Opte por se informar através dos meios oficiais de comunicação das instituições sérias e reconhecidas como autoridades no campo da saúde pública. Questione mensagens repassadas em grande escala, as “correntes”, e não as compartilhe.

Caso você conviva com crianças e pessoas que configuram grupo de risco, como idosos por exemplo, explique com calma e de forma realista o que está acontecendo. É importante não mentir sobre os fatos e conversar com eles de maneira que possam compreender a situação.

Informação excessiva não é algo positivo. Buscar incessantemente por atualizações sobre o coronavírus aumenta a ansiedade e a sensação de vulnerabilidade.

A nossa atitude deve ser otimista e objetiva. Precisamos nos adaptar e ajudar uns aos outros a manter a calma, sem propagar o medo. Com o apoio de amigos e familiares iremos reagir da melhor maneira possível.

2- Se você está no grupo de risco:

Caso você pertença à população de risco, segundo a classificação das autoridades médicas, é imprescindível seguir todas as recomendações e medidas preventivas que foram determinadas pelas instituições sanitárias.

É preciso confiar na autoridade dos órgãos responsáveis pela saúde pública, pois eles foram desenvolvidos justamente para isso, com meios e metodologias profissionais.

Seja responsável e não banalize sua condição de risco. Muito menos a exagere. Tenha prudência e cautela para evitar histeria e alarde.

Se, por ventura, forem recomendadas medidas de isolamento saiba que essa experiência de solidão pode causar estresse, tédio, irritação ou medo. Não se desespere e tenha em mente que o isolamento é apenas temporário.

Mantenha-se conectado aos familiares e amigos. Aproveite e faça atividades que lhe agradam e que, pelo ritmo acelerado do cotidiano e falta de tempo, acabam sendo deixadas para depois.

Dedique-se à leitura, pratique seu hobby, ponha séries em dia, assista filmes, etc. É importante criar uma rotina para os dias e encare essa fase como algo necessário para seu próprio bem-estar e dos demais.

3- Caso você tenha sido infectado:

Existem aspecto importantes para que o autocuidado seja desenvolvido por pessoas diagnosticadas com Covid-19.

É muito importante seguir as recomendações já destacadas acima, acompanhadas de reforços para evitar o pânico.

Seja realista e constate: a imensa maioria das pessoas que contraíram o vírus está se curando. Não induza seu sofrimento e nem pense que você está na pior situação possível.

Quando o medo lhe visitar, lembre-se de quantas vezes você já superou alguma doença na sua vida. Pense em coisas boas e, claro, siga todas as recomendações médicas.

Nós iremos passar juntos por esse momento delicado. Trabalharemos com a esperança de que a vida volte à normalidade o quanto antes. Podem contar com a Clínica Ayroza Ribeiro.