Um estudo realizado por pesquisadores italianos buscou entender a influência da endometriose profunda infiltrativa (EPI) na função sexual feminina e avaliar o impacto sobre a atividade sexual através da aplicação de questionários às mulheres.
Foram entrevistadas mulheres com diagnóstico clínico e ultrassonográfico de EPI e confirmação histológica de endometriose. Durante o estudo, foi solicitado às mulheres que classificassem cinco sintomas de dor, sendo: cólica menstrual, dor durante a relação sexual, dor ao defecar, dificuldade para urinar e dor crônica pélvica em uma escala visual analógica de 0 a 10 (EVA), além da função sexual ser avaliada de acordo com o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), que pode ser útil para a avaliação do resultado do tratamento em uma situação de ensaio clínico.
Ao todo 170 mulheres com EPI foram identificadas e uma pontuação na escala de dor de 7 ou mais foi tomada como referência para indicar que um sintoma foi “grave”.
A cólica menstrual foi relatada como grave por 66,5% da amostra, dor durante a relação sexual por 41,8%, dor ao defecar por 32,4% e dificuldade para urinar por 6,5%.
Os índices médios do FSFI não diferiram significativamente entre as mulheres com e sem lesões de endometriose em locais específicos, exceto quando se encontrava nos nódulos retovaginais, que se mostraram associados a uma atividade sexual e à função sexual mais prejudicada, concluindo então que mulheres com Endometriose Profunda com infiltração parcial ou total do septo retovaginal devem ter atenção especial.